Qualquer pessoa sonha em poder desfrutar de um lar para chamar de seu. É por isso que a compra de uma casa ou um apartamento é um sonho tão grande para milhões de pessoas, que definem esta como sua principal prioridade. Contudo, trilhar esse caminho não é algo simples, sendo necessário ter muito planejamento financeiro e saber se organizar financeiramente para isso.
Nesse cenário, é normal que muitos não estejam familiarizados com as formas de conseguir comprar a casa própria, tendo dúvidas sobre o que é permuta de imóveis, financiamento e consórcio. Mais do que isso: como saber qual é o melhor planejamento para realizar esse sonho? Conheça um pouco mais sobre as principais características das alternativas mais comuns disponíveis no mercado.
Financiamento
A modalidade mais comum para ter o imóvel dos sonhos é o financiamento imobiliário. Quem realiza esse financiamento, válido para imóveis novos e usados, são os bancos, que pagam ao vendedor do imóvel o valor dele. Assim, o comprador precisa pagar ao banco este valor, mais uma quantia de juros aplicada, para quitar essa dívida.
Durante o tempo de quitação, o imóvel fica atrelado ao nome do indivíduo que efetuou a compra, e não ao banco. No entanto, este não pode ser vendido enquanto a dívida com a instituição financeira não for paga. Cada banco tem suas próprias condições de pagamento, como valor do imóvel que pode ser adquirido, duração dos contratos, valor das taxas de juros cobradas.
Há vários tipos de financiamento, incluindo a utilização de recursos como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). É possível até financiar diretamente com a construtora, sendo que cada modalidade apresenta suas vantagens e desvantagens.
Consórcio de imóveis
Uma alternativa indicada para fugir dos juros altos ou para famílias que não têm dinheiro para pagar a entrada do financiamento é o consórcio de imóveis. Essa opção é organizada por uma instituição financeira, na qual há a reunião de um grupo de pessoas interessadas em comprar um imóvel.
Assim, quem faz parte do consórcio imobiliário precisa fazer pagamentos periódicos para a instituição financeira responsável por administrar o fundo. É como se todos os participantes estivessem colaborando para pagar a compra do imóvel de cada um dos membros que fazem parte da organização.
Todos os meses, a instituição sorteia um participante para ser contemplado com uma carta de crédito que possibilita a compra do imóvel. O consórcio para compra pode durar até 16 anos, de modo que alguns participantes podem ser sorteados logo após o grupo ser oficializado, enquanto outros poderão ser contemplados apenas no último ano do consórcio.
Isso quer dizer que essa alternativa pode não ser a mais interessante para quem tem pressa em adquirir uma casa ou um apartamento. Porém, existe a possibilidade de um participante ofertar um lance para aumentar as suas chances de ser sorteado.
Entre as vantagens de fazer o consórcio está o fato de que não é cobrado uma taxa de juros ou de impostos como o IOF. Ou seja, os participantes do grupo acabam tendo que pagar menos do que quem opta por realizar o empréstimo bancário. Além disso, também não é necessário o pagamento da entrada para adquirir a propriedade. Por fim, as exigências para fazer parte do consórcio são bem menores do que outras modalidades de empréstimo, sendo que há casos em que nem mesmo a comprovação da renda é exigida.
Poupança programada
Para além dessas formas de financiamento, é válido considerar outras maneiras de planejar financeiramente a compra do seu imóvel. Uma dessas alternativas é a poupança programada, serviço gratuito disponibilizado para clientes de todos os bancos que tenham uma conta poupança ou corrente.
O seu funcionamento é bem semelhante ao de uma conta poupança tradicional, oferecendo um retorno menor, mas que tem baixo risco e muita segurança. A diferença é que já se sabe qual será o valor que será destinado. Todos os meses, fica programado para um determinado montante sair da sua conta e ser depositado nesta conta, que irá render com base na taxa referencial e em juros mensais. É a própria pessoa que determina o valor e qual será a data da transferência, sendo importante considerar uma quantia que não irá prejudicar a sua saúde financeira.
Essa modalidade é ótima, pois ajuda a pessoa a ter a disciplina para economizar o seu dinheiro e se preparar para investir em situações como o financiamento de imóveis. A poupança programada ainda é vantajosa por não cobrar tarifas, ser algo prático e simples de fazer, dispensar o pagamento do Imposto de Renda e ter a possibilidade de ser cancelada quando quiser.