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Curiosidades sobre os gatos na Idade Média

Os gatos já são companheiros dos humanos há muito tempo. Estima-se que essa relação já tenha 10 mil anos — uma época em que não existiam caixas de areia, fontes para gatos, erva recreativa ou bolinhas coloridas, mas o contato e a troca com os humanos já fazia parte do dia a dia da espécie. 

A convivência se fortaleceu por razões práticas, já que os gatos, enquanto caçadores, mantinham os roedores à distância. Além disso, o seu comportamento divertido também precisa ser levada em consideração, já que os animais encantam por suas habilidades. 

Idade Média: um momento histórico difícil para a espécie?

Na Antiguidade, especialmente durante o período de ascensão do povo egípcio e romano, os gatos eram animais muito adorados. Até hoje, arqueólogos encontram peças e tumbas que contém gravuras e esculturas de gatos.

O registro mais antigo que se tem é de um túmulo de um homem enterrado com um gato na Ilha do Chipre, há aproximadamente 9,5 mil anos. Enquanto os povos antigos tinham um laço forte com os gatos, a relação sofreu um revés durante o período da Idade Média.

A Igreja Católica passou a associar o gato aos valores pagãos, promovendo uma ideia de demonização do animal. Com isso, muitas pessoas começaram a maltratar e até a sacrificar animais em nome de Deus e da Igreja Católica.

Europa

O impacto das ideias da igreja católica teve reações diferentes em cada região no mundo. Na Europa, esses animais eram vistos como símbolos de riqueza e prosperidade.

Mesmo com uma verdadeira caçada em curso, promovida pela Igreja — que alegava a ligação deles com bruxas e demônios —, muitas famílias mantiveram a mesma relação de respeito e carinho pelos bichanos. 

Entre as práticas de domesticação e cuidado comuns na Europa Medieval, encontramos muitas semelhanças com os dias atuais. As pessoas também davam nomes aos animais, ofereciam brinquedos, cobertas especiais e outros mimos para os companheiros. 

Uma curiosidade interessante sobre essa época é que a perseguição aos gatos promovida pela igreja foi responsável por reduzir significativamente a quantidade de felinos na Europa. Muitos estudiosos relacionam essa como uma das causas para o avanço da peste-negra.

Com a diminuição da população felina, houve uma facilitação da propagação dos roedores responsáveis pela transmissão da peste. Estima-se que a peste-negra tenha matado aproximadamente 200 milhões de pessoas.

Oriente

Enquanto a Europa vivia esse conflito entre as orientações da igreja e o desejo de algumas pessoas de terem felinos em suas casas, a situação era muito diferente no Oriente.

Os gatos sempre tiveram uma excelente reputação em todas as camadas sociais. A reputação era defendida, inclusive, pelo islamismo. Abu Hurairah, companheiro do profeta Maomé, que se tivesse o seu nome traduzido literalmente poderia ser chamado de “pai de gato”, tem muitas histórias envolvendo o cuidado com esses animais.

Vale destacar que embora a tradição islâmica defenda os gatos e os considere adequados para viver com os humanos, ela não tem a mesma visão sobre os cães, já que eles são considerados animais impuros. 

Leste Asiático

O Leste Asiático, em especial China e Japão, são outras duas grandes culturas com uma história muito bonita com os gatos. Desde os primórdios civilizatórios, há registros da relação dos gatos como animais de estimação apreciados na cultura chinesa.

No Japão, historicamente, eles eram usados pelos fabricantes de seda para combater os roedores. Hoje, eles são considerados símbolos de sorte e são tão importantes que existe até um santuário destinado a eles, localizado na Ilha de Tashirojima.

Muitos comportamentos e superstições negativas relacionadas aos felinos estão associadas a momentos históricos em que eles foram considerados animais de má sorte. Felizmente, hoje, temos mais informações e uma consciência mais desenvolvida com relação à beleza e a sorte que é poder ter esses animais por perto.

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